sexta-feira, 8 de outubro de 2010


O Avivamento e Charles Finney


Estive lendo (terminei hoje) Heróis da Fé, de Orlando Boyer, e um capítulo é dedicado ao irmão Charles G. Finney, evangelista norte-americano. Ele é chamado por Boyer de Apóstolo de Avivamentos. E abaixo, estão algumas poucas citações que gostaria de dividir com você:

"Ao ler a Bíblia, ao assistir às reuniões de oração, e ouvir os sermões de senhor Gale [George Washington Gale, pastor presbiteriano, 1789-1861], percebi que não me achava pronto a entrar nos céus... Fiquei impressionado especialmente com o fato de as orações dos crentes, semana após semana, não serem respondidas. Li na Bíblia: 'Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á'. Li, também, que Deus é mais pronto a dar o Espírito Santo aos que lho pedirem, do que os pais terrestres a darem boas coisas aos filhos. Ouvia os crentes pedirem um derramamento do Espírito Santo e confessarem, depois, que não o receberam."
"Exortavam uns aos outros a se despertarem para pedir, em oração, um derramamento do Espírito de Deus e afirmavam que assim haveria um avivamento com a conversão de pecadores... Mas ao ler mais a Bíblia, vi que as orações dos crentes não eram respondidas porque não tinham fé, isto é, não esperavam que Deus lhes daria o que pediam... Entretanto, com isso senti um alívio acerca da veracidade do Evangelho... e fiquei convicto de que a Bíblia, apesar de tudo, é a verdadeira Palavra de Deus."

"Grande poder acompanhava a Palavra de Deus; todos os dias admirava-me ao notar como poucas palavras, dirigidas a uma pessoa, traspassavam-lhe o coração como uma seta."

"Dei grande ênfase à oração como indispensável, se realmente queríamos um avivamento."

Alguns pregadores confiam na instrução e ignoram a obra do Espírito Santo. Outros, com razão, rejeitam tal ministério infrutífero e sem graça; oram a Deus para o Espírito Santo tomar conta e alegram-se no grande progresso da obra de Deus. Mas, ainda outros, como Finney, dedicam-se a buscar o poder do Espírito Santo, sem desprezar a arma de instrução, e vêem resultados incrivelmente mais vastos.

"... em 1857, Finney via cerca de 50 mil, todas as semanas, converterem-se a Deus." (By My Spirit, Jonathan Goforth, p. 183.) Os diários de New York, às vezes quase não publicavam outras notícias, senão do avivamento.

Os convertidos nos cultos de Finney eram pela graça constrangidos a andar de casa em casa para ganhar almas.

"Se eu não tivesse o espírito de oração, não alcançaria coisa alguma. Se por um dia, ou por uma hora eu perdesse o espírito de graça e de súplica, não poderia pregar com poder e fruto, e nem ganhar almas pessoalmente."


Charles Grandison Finney (24 de agosto de 1792 - 16 de agosto de 1875) foi um pregador, professor, teólogo, abolicionista e avivalista estado-unidense, um dos líderes do Segundo Grande Despertar (Second Great Awakening).

E aí, o que você acha?

Os crentes de hoje desejam avivamento, assim como os dos dias de Finney. Mas tendem a achar que chorar, gritar e cair no chão tem a ver com avivamento. Eu não sou contra isso (nem Finney era*). Mas, o verdadeiro avivamento, de pecadores se converterem, tem acontecido de verdade?

Temos tantos pregadores Brasil afora que se apresentam em milhares de igrejas, mas algum deles já viu o Espírito agir através deles de maneira a salvar 50 mil almas em uma semana? Os famosos conferencistas de nossos dias já viram isso acontecer? Ou viram 50 mil crentes nos cultos pulando e nenhum perdido se convertendo?

Já imaginou ver os jornais pararem de anunciar tragédias para anunciar os frutos da Presença de Deus? Se tem algo que pode mudar a realidade brasileira, esse alguém é Jesus! Boyer diz que depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. O Espírito pode mudar qualquer pessoa e cidade!

Quantos hoje só querem confiar nas suas palavras de persuasão humanas e se esquecem de que precisam da presença do Espírito Santo?

O que mais você pode aprender com essas poucas citações? Comente...

* Em uma fábrica de tecidos... os operários se achavam comovidos, conversando sobre o poderoso culto da noite anterior, no prédio da escola pública.

... o pregador, entrou na fábrica. O poder do Espírito Santo ainda permanecia sobre ele; os operários, ao vê-lo, sentiram a culpa de seus pecados a ponto de terem de se esforçar para poderem continuar a trabalhar. Ao passar perto de duas moças que trabalhavam juntas, uma delas, no ato de emendar um fio, foi tomada de tão forte convicção, que caiu em terra, chorando. Segundos depois, quase todos em redor tinham lágrimas nos olhos e, em poucos minutos, o avivamento encheu todas as dependências da fábrica ... O Espírito Santo operou com grande poder e dentro de poucos dias quase todos se converteram.

" (em outro lugar) ... Depois de eu assim falar cerca de quinze minutos, parecia cair sobre os ouvintes uma tremenda solenidade e começaram a cair ao chão, clamando e pedindo misericórdia. Se eu tivesse tido uma espada em cada mão, não os poderia derrubar tão depressa como caíram. De fato, dois minutos depois de os ouvintes sentirem o choque do Espírito vir sobre eles, quase todos estavam ou caídos de joelhos ou prostrados no chão. Todos os que podiam falar de qualquer maneira, oravam por si mesmos.
Tive de deixar de pregar, porque os ouvintes não prestavam mais atenção. Vi o ancião que me convidara para pregar, sentado no meio do salão, olhando em redor, estupefato. Gritei bem alto para ele ouvir, apesar da balbúrdia, pedindo-lhe que orasse. Caiu de joelhos e começou a orar em voz retumbante; mas o povo não prestou atenção.
...virei-me para um rapaz que estava perto de mim, consegui atrair a sua atenção e preguei Cristo, em voz bem alta, ao seu ouvido. Logo, ao olhar para a cruz de Cristo, ele acalmou-se por um pouco e então rompeu em oração pelos outros. Depois fiz o mesmo com um outro; depois com mais outro e continuei assim tratando com eles até a hora do culto da noite, na aldeia. Deixei o ancião que me convidara a pregar, para continuar a obra com os que oravam.
Ao voltar, havia tantos clamando a Deus que não podemos encerrar a reunião, que continuou o resto da noite. "

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